1890 – 11 de Janeiro, meio dia, nasce em São Paulo: José Oswald de Souza Andrade, filho único do mineiro nascido em 1847, José Oswald Nogueira de Andrade e de Inês Henriqueta de Souza Andrade, na rua Barão de Itapetininga, esquina com a atual D. José de Barros, antiga 11 de Março. Alguns historiadores dizem que ele nasceu na atual Avenida Ipiranga;
1896 - Faz sua primeira viagem ao litoral (Guarujá). Freqüenta a Escola Modelo Caetano de Campos;
1898 – Deixa de freqüentar a Escola Modelo Caetano de Campos;
1900 - Mora no alto da ladeira Santo Antônio, n.º 86, esquina com a rua João Adolfo. Oswald presencia a circulação do primeiro bonde elétrico da cidade de São Paulo;
1902 – Ingressa no recém-inaugurado Colégio de São Bento, onde também estuda Guilherme de Almeida. Lecionava nesse Colégio Afonso d’Escragnole Taunay, autor de Inocência. Oswald era conhecido pelo apelido de Pipa;
1905 - Começa a participar da roda literária de Indalécio Aguiar da qual faz parte o poeta Ricardo Gonçalves;
1906 – É reprovado e refaz a quarta série ginasial;
1908 - Conclui os estudos no Ginásio São Bento;
1909 – Inicia no jornalismo como redator e crítico teatral do jornal Diário Popular, assinando a coluna Teatro e Salões. Ingressa na Faculdade de Direito;
1910 - Monta um atelier com o pintor Oswaldo Pinheiro, no vale do Anhangabaú. Conhece o Rio e fica hospedado no palacete da Rua.S.Clemente, nº 271, residência de seu tio, o escritor Inglês de Souza. Passa o primeiro Natal longe da família em Santos, numa hospedaria de carroceiros das docas;
1911 – Deixa o Diário Popular e com a ajuda financeira de D. Inês funda O Pirralho, na rua XV de Novembro, n.º 50-B. O primeiro número é lançado em 12 de agosto, tendo como colaboradores Amadeu Amaral, Voltolino, Alexandre Marcondes, Cornélio Pires, etc. Conhece o poeta Emílio de Meneses de quem se torna amigo. Lança a campanha civilista em torno de Rui Barbosa. Passa uma temporada em Baependi, Minas, nas terras da família de seu Avô;
1912 – Abandona o curso de Direito. De fevereiro a setembro viaja à Europa, a bordo do Marta Washington, saindo do porto de Santos – SP., levando consigo o jornalista Renato Lopes e um primo, Rogério. Visita vários países: Itália, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, França, Espanha. Em Paris conhece Henriette Denise Boufflers – a quem chama de Kamiá. Conhece durante a viagem a jovem dançarina Carmen Lydia, (Helena Carmen Hosbale) que Oswald batiza em Milão. Morre em São Paulo sua mãe Inês Henriqueta Inglês de Souza Andrade, no dia 6 de setembro. Retorna ao Brasil a bordo do Oceania, trazendo a estudante francesa Kamiá (Henriette Denise Bouffers). Traz também na bagagem o “Manifesto Futurista” de Felippo Tomaso Marinetti. Reassume sua atividade de redator de O Pirralho; A permanência de Oswald na Europa, em 1912, mudou drasticamente a sua visão de mundo: "Tinha-se aberto um novo front em minha vida (…) A Europa fora sempre para mim uma fascinação Tudo isso vinha confirmar a idéia de liberdade sexual que doirava o meu sonho de viagem longe da pátria estreita e mesquinha, daquele ambiente doméstico, onde tudo era pecado;
1913 - Participa das reuniões da Vila Kirial e conhece o artista plástico Lasar Segall. Escreve A recusa, drama em três atos. Passa por dificuldades financeiras, precisando na edição de O Pirralho, de fevereiro, colocar uma chamada convocando o leitor para assinar o periódico;
1914 - Nasce o seu filho José Oswald Antonio de Andrade (Nonê), primeiro filho de Oswald com Kamiá. Reside à rua Teodoro Sampaio 114, esquina com a Oscar Freire. Cursa a Faculdade de Filosofia de S. Bento, sendo aluno do Pe. Sentroul, abade do convento de S.Bento;
1915 - Participa do almoço em homenagem a Olavo Bilac, promovido pelos estudantes da Faculdade de Direito no restaurante PROGREDIOR. Membro da Sociedade Brasileira dos Homens de Letras, fundada em São Paulo por Olavo Bilac. Chega ao Brasil a dançarina Carmen Lydia, com quem mantém um barulhento namoro. Passa a residir na rua Augusta nº 64, onde hoje é o restaurante Pirandelo. Tem casa de veraneio na Praia de São Vicente 23. Faz viagens constantes de trem ao Rio a negócio ou para acompanhar Carmen Lydia. No Rio freqüenta a Rotisserie Rio Branco. Hospeda-se no Avenida Hotel, quarto 12. Separa-se de Kamiá; Miramar foi planejado e redigido em parte por volta de 1915, reescrito várias vezes até atingir a forma sincopada e concisa da sua versão final;
1916 - Publica em A Cigarra, 1º capítulo da peça Mon Coeur Balance. Lança com Guilherme de Almeida: Mon Coeur Balance e Leur Âme, pela Typographie Asbahr. Faz a leitura das peças em vários salões literários de São Paulo na Sociedade Brasileira de Homens de Letras, no Rio de Janeiro e na redação A Cigarra. Publica trechos de Memórias Sentimentais de João Miramar na A Cigarra e também na A Vida Moderna. Sofre de artritismo. A atriz Suzanne Després recita no Municipal trechos de Leur Âme. Passa a colaborar regularmente em A Vida Moderna, que publica em 24 de maio, cenas de Leur Âme. Volta a estudar Direito. Recebe o convite de Valente de Andrade para fazer parte do Jornal do Commercio, edição de São Paulo e em 1º de novembro começa seu trabalho como redator. Passa temporada com a família em Lambari no Hotel Mello. Veraneia em São Vicente casa 56, rua 16. Vai regularmente a Santos, em companhia de Carmen Lydia, hospedando-se no Palace Hotel. Continua a viajar intermitentemente ao Rio, hospedando-se no Avenida Hotel e no Bristol Hotel. No Rio frequenta a roda literária de Emílio de Meneses, João do Rio, Alberto de Oliveira, Eloi Pontes, Olegário Mariano, Luis Edmundo, Olavo Bilac, Oscar Lopes e outros. Passa temporada em Aparecida do Norte, no Hotel das Famílias. Em Santos, hospeda-se no Washington Hotel. Começa escrever o drama O Filho do Sonho;
1917 - Monta em S.Paulo a Garçonnière da rua Líbero Badaró, 67 - 3º - andar. Como redator do Jornal do Commercio, no dia 21 de novembro, vai até o Conservatório Dramático e Musical de São Paulo para cobrir palestra de Elói Chaves, então Secretário da Segurança de São Paulo. Antes da palestra Mário Raul de Moraes Andrade saúda o visitante em nome do Conservatório. Oswald se encanta com o discurso e briga com outros jornalistas presentes para publicar. Foi aí que conheceu Mário de Andrade, irmão de Carlos Moraes Andrade, seu amigo nos tempos do Ginásio São Bento. Anita Malfatti faz sua exposição e é atacada por Monteiro Lobato. Foi nessa época que os primeiros modernistas começam a se agruparem: Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Di Cavalcanti, Oswald e outros. Fecha a revista O Pirralho, mas continua escrevendo para o Jornal do Commercio. Começa a viver com Deise (Maria de Lourdes Olzani), a Miss Ciclone;
1918 – Em janeiro, Oswald sai em defesa da pintora Anita Malfatti das críticas violentas feitas por Monteiro Lobato em 11 de janeiro. Trabalha em A Gazeta. Começa escrever O Perfeito cozinheiro das almas desse mundo... diário coletivo escrito em colaboração com Deise, a Miss Cíclone, Guilherme de Almeida, Monteiro Labato, Leo Vaz, Pedro Rodrigues de Almeida, Inácio Pereira da Costa, Edmundo Amaral e outros.
1919 – Em fevereiro, morre seu pai, aos 73 anos. É eleito Orador do Centro Acadêmico 11 de agosto da Faculdade de Direito. Pronuncia a palestra "Árvore da Liberdade". Torna-se bacharel em Direito. No dia 11 de Agosto, casa-se in extremis com Deise (Maria de Lourdes Castro Pontes). São testemunhas os amigos Guilherme de Almeida, Monteiro Lobato e Ignácio da Costa Ferreira. Dia 24 de Agosto, Deise morre e é enterrada no cemitério da Consolação no jazigo n.º 17 da Rua 17, propriedade da família de Oswald. Muda-se para o Grand Hotel Rotisserie Sportsman. Publica no jornal dos estudantes da Faculdade de Direito 11 de Agosto, três capítulos de Memórias Sentimentais de João Miramar. Conhece Brecheret;
1920 - Instala-se em S.Paulo numa garconnière na Praça da República, esquina com a Rua Pedro Américo. Edita, em maio, a revista Papel e Tinta, assinando com Menotti del Picchia o editorial e escrevendo regularmente para o periódico, localizado na Rua Boa Vista 52, sala 114. Descobre o escultor Brecheret. Escreve em A Raposa artigo elogiando Brecheret e editando fotos de trabalhos do artista;
1921 – Em Janeiro, no banquete em homenagem ao lançamento do livro As Máscaras de Menotti del Picchia, Oswald discursa para homenagear Menotti. Esse discurso se transforma no “Manifesto do Trianon”. Em 25 de julho publica artigo sobre o poeta Alphonsus de Guimarães, no Jornal do Commercio, ressaltando a forma de expressão, no seu entender, precursora da linguagem modernista. Nesse mesmo jornal revela Mário de Andrade como escritor e poeta, em polêmico artigo "Meu poeta futurista", onde é anunciada “Paulicéia Desvairada”. Inicia sua colaboração no Correio Paulistano. Participa da caravana de jovens escritores paulistas ao Rio de Janeiro, a fim de fazer propaganda do Modernismo. Conseguem a adesão de Sérgio Buarque de Holanda, Manuel Bandeira, Ronald de Carvalho, Ribeiro Couto, Di Cavalcanti e outros. Toma aula de boxe com o antigo pugilista suiço Delaunay. Os modernistas em São Paulo continuam se reunindo agora com a presença de Rego Monteiro, Anita Malfatti, Brecheret, Couto de Barros, Zina Aita, Rubens Borba, Sérgio Milliet, Tácito de Almeida e outros. Dia 10 de Dezembro, o modernista Sérgio Buarque de Holanda, publica na revista Fon-Fon o artigo “O futurismo Paulista”, onde salienta a importância do escritor Menotti del Picchia, e também divulga textos inéditos de Oswald de Andrade, que constituem a Trilogia do Exílio (Os Condenados, A Estrela do Absinto, A Escada de Jacó), antes da mudança dos títulos pelo autor;
1922 – Participa ativamente da Semana de Arte Moderna. Na segunda noite, 17 de fevereiro, quando Menotti del Picchia, o mestre de cerimônias, proclama o nome de Oswald de Andrade, a platéia inicia uma grande vaia. O escritor, mesmo sob a vaia, leu trechos do seu romance Os Condenados Participa dos festejos comemorativos do centenário da Bandeira nacional fazendo conferência em 18 de setembro. Faz parte do grupo da revista Klaxon, onde colabora. Integra o grupo dos cinco com Mário de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Menotti del Picchia. Orador do banquete oferecido em homenagem ao escritor português Antonio Ferro, por ocasião de sua visita ao Brasil, no Automóvel Clube do Brasil (São Paulo). Publica Os Condenados com capa de Anita Malfatti. Viagem a negócios ao Rio, ficando hospedado no Yankee Hotel. Em dezembro embarca para a Europa pela Compagnie de Navegation Sud Atlantique. Começa sua amizade com Tarsila. Em Paris tem como endereço o nº 25, Rue Louis Le Grand. Na Sorbonne, faz uma conferência intitulada “O Esforço Intelectual do Brasil Contemporâneo”.
1923 - Ganha na justiça a custódia do seu filho Nonê. Em Janeiro viaja a Portugal e Espanha, com passagem pelo Senegal, acompanhado de Tarsila. Matricula seu filho Nonê no Licée Jaccard em Lausanne, Suiça. Reside em Paris até agosto, Hégésipe Moreau n. 9 (Montmartre), onde Tarsila tinha um atelier e no nº 6 da rua Le Chapelais. 23 abril, participa do almoço oferecido pelo embaixador na França aos intelectuais franceses. No dia 11 de maio pronuncia a Conferência L'effort intellectuel du Brésil contemporain, na Sorbonne. No dia 28 de maio conhece Blaise Cendrars. Passa o verão com Tarsila na Itália e ficam hospedados em Roma no Hotel Windsor, na Via Veneto 54, em Veneza na Pensione G.de Po. Assiste entusiasmado o bailado negro de Blaise Cendrars, com música de Darius Milhaud e cenários de Fernand Léger, apresentado pelo Ballets Suédois, no Teatro dos Champs-Elyseés. Visita a exposição de Arte Negra, no Museu de Artes Decorativas. Reescreve João Miramar. Em julho faz conferência em Lisboa. Em Paris, de volta ao Brasil, é homenageado com um banquete pela Sociedade Amis des Lettres Françaises, sendo saudado pela presidente do grupo Mme.Rachilde. Retorna ao Brasil no final do ano pelo navio Santarém;
1924 - 18 de março, publica no Correio da Manhã o “Manifesto Pau Brasil”. Toma parte na excursão ao carnaval do Rio de Janeiro e vai até Minas com outros intelectuais brasileiros e Blaise Cendrars, onde excursionam pelas cidades históricas inclusive Ouro Preto - se hospedam no Hotel Toffolo. Em Minas são recebidos por Aníbal Machado, Pedro Nava e Carlos Drummond de Andrade. No Correio Paulistano publica o artigo Blaise Cendrars: "Um mestre da sensibilidade contemporânea". Participa do V Ciclo de Conferência da Vila Kyrial falando sobre "os ambientes intelectuais da França". Publica Memórias Sentimentais de João Miramar com capa de Tarsila, composto de 163 episódios numerados. Faz uma leitura do Serafim Ponte Grande, em casa de Paulo Prado para uma platéia de amigos modernistas. Em 20 de novembro, viaja à Espanha (Medina e Salamanca), de passagem para Suiça. Monta com Tarsila um novo apartamento em Paris no nº 9, Boulevard Berthier (l7e). Passa o Natal com Tarsila na casa de campo de Blaise Cendrars em Tremblay-sur-Mauldre;
1925 – Em março visita seu filho na Suiça, hóspede do Hotel Victoria, em Lausanne. Em fevereiro e março faz curso de inglês na Berlitz School, em Paris. Assiste ao festival Satie, em Paris. Em maio, a bordo do Andes viaja ao Brasil. Participa do jantar na Vila Fortunata (casa de René Thiollier) em homenagem a D.Olivia Guedes Penteado. Em junho, volta à Europa pelo Avon, passando em Lisboa. Em julho, está em Deauville para alguns dias de férias. Publica em Paris pela editora Au Sans Pareil o livro de poemas “Pau Brasil”. Em setembro vai para o Rio de Janeiro e fica hospedado no Pálace Hotel. Candidata-se, em vão, a uma vaga na Academia Brasileira de Letras. Em novembro oficializa o noivado com Tarsila do Amaral. Em dezembro viaja novamente para a Europa pelo Cap. Polonio. Com Tarsila passa novamente o final do ano na residência de campo de Cendrars;
1926 - De 13 de janeiro a 18 de fevereiro viagem ao Oriente, em companhia de Tarsila, Nonê, Dulce (filha de Tarsila), do escritor Cláudio de Souza, do governador de São Paulo Altino Arantes, a bordo do navio Lotus da Companhia Messagier Maritimes. No Cairo se hospedam no Sheferds Hotel, mais tarde, destruído por um incêndio. No dia 5 de maio é recebido com outros brasileiros em audiência pelo papa, a fim de tentarem anulação do casamento de Tarsila. Permanece em Paris, com Tarsila, ajudando-a nos preparativos para a exposição na Galérie Percier. Em 16 de agosto chega no Brasil pelo Almanzorra. Em 30 de Novembro, casa-se com Tarsila do Amaral, em cerimônia paraninfada pelo Presidente Washington Luis. Passa a residir na rua Barão de Piracicaba, 44. Publica na Revista do Brasil o prefácio de Serafim Ponte Grande, 1ª versão, "Objeto e fim da presente obra". Divulga em Terra Roxa e Outras Terras a "Carta Oceânica", prefácio ao livro Pathé Baby de Antônio de Alcântara Machado e um trecho do Serafim Ponte Grande. Viaja a Cataguazes – MG e mantém contato com o Grupo da Verde. Se hospeda no Hotel Villas;
1927 - Publicação de A Estrela de Absinto pela Editora Helios com capa de Brecheret. Publica Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade, ilustrado pelo autor, com capa de Tarsila. Começa no Jornal do Commercio a coluna "Feira das Quintas". Participa do jantar literário em homenagem a Paulo Prado, em abril na Vila Fortunata. Permance uma temporada, de junho até agosto, em Paris para a exposição de Tarsila, voltando ao Brasil faz escala na Bahia. Abre escritório comercial na Praça Patriarca, n.º 20. Disputa o prêmio romance, patrocinado pela Academia Brasileira de Letras, com A Estrela de Absinto, que obteve menção honrosa. Publica trechos de Serafim Ponte Grande no nº 3 da revista Verde;
1928 - Viagem à Bahia pelo Manaus. Lê o “Manifesto Antropófago” para amigos na casa de Mário de Andrade. Em maio, publica o “Manifesto Antropófago”. Ajuda a fundar a Revista de Antropofagia. Viaja à Europa, regressando no mesmo ano pelo Asturias com passagem por Lisboa. Vai a Paris para a 3ª exposição de Tarsila, de 18 de junho a 2 de julho;
1929 – Em julho, com Anita Malfatti, Waldemar Belisário e Patricia Galvão, excursiona pelo trem da Cruzeiro do Sul em viagem ao Rio para a exposição de Tarsila. É expulso do Congresso de Lavradores, realizado no Cinema República (SP) por propor um acordo com o trabalhador do campo. Separa-se de Tarsila do Amaral. Rompe com Mário de Andrade e Paulo Prado. Viaja para a Bahia com Patrícia Galvão, a Pagu; Vai para em Paris em julho; Entra em contato com Benjamin Péret que mora no Brasil até 1931; Hospeda na sua fazenda - Santa Tereza do Alto - o filósofo alemão Hermann Keyserling e a dançarina Josephine Baker; É expulso do Congresso de Lavradores, realizado no Cinema República (SP) por propor um acordo com o trabalhador do campo;
1930 – Em lº de abril, casa-se com Pagu. Escreve "A casa e a língua", em defesa da arquitetura de Warchavchik. Em Setembro, nasce o primeiro filho com Pagu: Rudá (Rudá Poronominare Galvão de Andrade). É preso pela polícia do Rio de Janeiro, por ameaçar o antigo amigo, poeta Olegário Mariano. Em 30 de dezembro conhece Luiz Carlos Prestes, no exílio na Argentina;
1931 – Adere ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Oswald funda, com Pagu e Queirós Lima, o jornal “O Homem e o Povo”. Esse periódico teve duração curta: 27 de março a 13 de abril. Sua circulação fora proibida pela polícia; Escreve O mundo político; Tem um encontro com Prestes em Montevidéu, que muda o rumo político do escritor Oswald; Começa a escrever ensaios políticos, geralmente sobre a situação e os problemas do operário; Reside na Rua dos Ingleses, 56; Engaja-se no P.C; Redige o prefácio definitivo de Serafim Ponte Grande;
1932 – Sofre, juntamente com Pagu, perseguição política;
1933 – Publica o romance “Serafim Ponte Grande” – são 203 fragmentos, em vez de capítulos. Começa a escrever a peça teatral “O Rei da Vela”; Pronuncia conferência - O Vosso sindicato - no sindicato dos padeiros de São Paulo; Mora na Rua Machado de Assis, 57; Patrocina a publicação de Parque Industrial, romance de Pagu;
1934 – Publica o romance “A Escada” – originalmente: “A Escada de Jacó”, e depois “A Escada Vermelha”. Tem um romance com a pianista Pilar Ferrer. Em dezembro, assina contrato antenupcial com regime de separação de bens com Julieta Bárbara Guerrini; Está casado com a pianista Pilar Ferrer; Publica A Escada Vermelha e o O Homem e o Cavalo, com capa de Nonê (Oswald de Andrade Filho); Lê cenas da peça O Homem e o Cavalo no Teatro de Experiência de Flávio de Carvalho; Programada a apresentação dessa peça para o teatro que é interditado pela polícia;
1935 – Escreve sátira política para “A Platéia”; Compra uma serraria; Com sua mulher Julieta, acompanha C. Levis-Strauss em excursão até Foz do Iguaçu; Faz parte do movimento artístico cultural Quarteirão; É fichado na polícia civil do Ministério da Justiça, sob o nº 70, como subversivo;
1936 – Casa-se com a poetisa Julieta Bárbara. É representante em São Paulo do jornal “Meio Dia”, do Rio de Janeiro. Escreve nas colunas “Banho de Sol” e “De Literatura”; Publica na revista XI de agosto, "Página de Natal" do Marco Zero; Conclui o poema O Santeiro do Mangue, 1ª versão, dedicado criticamente a Jorge de Lima e Murilo Mendes; Empenha um cordão de ouro na casa Leão da Silva Ltda; Passa a residir no Rio de Janeiro, na Av.Atlântica, 290, aptº 103 e em São Paulo na Rua Júlio de Mesquita, 50, 13º andar, apt. 13A, edifício Itapetininga;
1937 – Publica o seu texto teatral mais importante: “A Morta e O Rei da Vela”. Em São Paulo, escreve na revista Problemas;Escreve O pais da sobremesa; Tentativa de encenação da peça O Rei da Vela pela Companhia de Alvaro Moreyra; Atua na Frente Negra Brasileira; Escreve na revista Problemas (São Paulo); No Rio de Janeiro, Serafim Ponte Grande é dado como esgotado;
1938 - Publica o trecho "A vocação" da série Marco Zero, vol. IV, A presença do Mar; Está ligado ao Sindicato de Jornalista de São Paulo, matrícula nº 179; Redige Análise de dois tipos de ficção; Hospeda-se no Rio de Janeiro, no Natal Hotel;
1939 – 16 de Fevereiro: Viaja para Estocolmo com Julieta, representando o Brasil junto ao Congresso Internacional promovido pelo Pen Club. Retorna ainda nesse ano para o Brasil; 8 de agosto - Viagem à Europa pelo Alameda Star, com sua mulher Julieta, para participar do Congresso do Pen Club, em Estocolmo, que não se realizou por causa da guerra; Retorna pelo navio cargueiro Angola; Publica no jornal Meio Dia as colunas "Banho de Sol" e "De literatura"; É o representante do jornal Meio Dia em São Paulo; Escreve para o Jornal da Manhã (S.P.) uma série de reportagens sobre personalidades importantes da vida política, econômica e social de São Paulo; Reside na Brigadeiro Luis Antonio 3085, São Paulo; Passa uma temporada em S.Pedro, perto de Piracicaba, em tratamento de saúde.
1940 – Lança sua candidatura à Academia Brasileira de Letras; Expõe trabalhos de pintura na Sala dos Intelectuais, no VII Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo; Publica Cântico dos Cânticos para Flauta e Violão, dedicado à sua mulher Maria Antonieta; Lança, em 2ª edição pela Globo, Os Condenados com capa de Koetz;
1941 – Revisa Os Condenados, e reagrupa num único volume – o primeiro dos romances passa a se chamar “Alma” e a trilogia se completa com “A Estrela do Absinto” e “A Escada”. Essa trilogia recebe o título de “Trilogia do Exílio”. Publica “Análise de Dois Tipos de Ficção”; Monta um escritório de imóveis na rua Marconi, com o filho mais velho;
1942 – Separa-se de Julieta Bárbara e casa-se com Maria Antonieta d’Alkmin;
1943 – Publica o primeiro volume do romance “Marco Zero: A Revolução Melancólica” – 1º Vol. – Editora José Olympio e capa de Sta.Rosa; Começa a publicar no Diário de S.Paulo a coluna "Feira das Sextas";
1944 – Viaja para Minas Gerais a convite de Juscelino Kubitschek, com um grupo de artistas. Em fevereiro, inicia no Correio da Manhã a coluna “Telefonema”. Em julho passa a colaborar no Diário de São Paulo com a coluna “Feira das Sextas”; Pronuncia na Faculdade de Direito a conferência "Fazedores da América", publicada no Diário de S.Paulo, 31 outubro de 1944; Em S.Paulo, muda-se para a Rua Aurora, 579, aptº 23; Apresenta o escritor norte-americano Samuel Putnam, em visita ao Brasil, na Escola de Sociologia e Política (São Paulo); Participa em Limeira - SP do Congresso de Escritores;
1945 – Presta concurso para a Cadeira de Literatura Brasileira – USP, com a tese: “A Arcádia e a Inconfidência”. Publica o segundo volume do romance Marco Zero: “Chão”. Acontece o Primeiro Congresso de Escritores em São Paulo. Morre Mário de Andrade. Nasce sua filha Antonieta Marília do casamento com Maria Antonieta. Rompe com o PCB e com Luiz Carlos Prestes. Publica “Poesias Reunidas de O.A – ed. Gaveta e Marco Zero, 2º Volume – Editora José Olympio; Escreve "O sentido da nacionalidade no Caramurú e no Uruguai"; Publica "A arcádia e a inconfidência" tese apresentada à cadeira de literatura brasileira da FFCL da USP; Reúne no volume Ponta de Lança artigos esparsos; Publica "A sátira na poesia brasileira", conferência pronunciada na Biblioteca Pública Municipal de São Paulo; Participa do Congresso de Escritores em São Paulo; Responsável pela saudação a Pablo Neruda no Brasil, Inicia a organização da Ala Progressista Brasileira – Programa de Conciliação Nacional; Escreve, em Agosto, o Canto da Pracinha só”; Lança um manifesto ao "Povo de São Paulo, Trabalhadores de São Paulo. Homens livres de São Paulo"; Rompe com o Partido Comunista do Brasil e Luis Carlos Prestes, seu secretário geral; Publica na Gazeta de Limeira "A lição da inconfidência", conferência pronunciada em Piracicaba; Faz a Conferência "Informe sobre o modernismo";
1946 - Publica O Escaravelho de Ouro (poesia); Contrato entre o escritor Oswald de Andrade e o governo de São Paulo para a realização da obra "O que fizemos em 25 anos", espécie de levantamento da vida nacional, em todos os setores da atividade técnica e social à literária e artística;
1947 – Em julho, publica na Revista Acadêmica, n.º 68, ano XII, RJ: “O Escaravelho de Ouro”; Outubro: candidata-se a delegado regional da Associação Brasileira de Escritores e perde a eleição. Envia bilhete-aberto ao Presidente da Seção Estadual, escritor Sérgio Buarque de Holanda, protestando e desligando-se da Associação;
1948 – Nasce o filho Paulo Marcos d’Alkmin de Andrade. Combate os poetas da Geração de 45 no Congresso Paulista de Poesia;
1949 – Escreve a coluna “3 linhas e 4 verdades”, no jornal Folha de S. Paulo”; Publica na revista Anhembi o texto "O modernismo"; 25 de janeiro - Conferência no Centro de Debates Casper Líbero: "Civilização e dinheiro"; 19 de maio - Conferência no Museu de Arte de São Paulo: - "Novas dimensões da poesia"; Excursão a Iguape, com Albert Camus para assistir às tradicionais festas do Divino; É encarregado de apresentar e saudar o escritor francês de passagem por São Paulo para fazer conferências; Escreve a coluna "3 linhas e 4 verdades" na Folha de S.Paulo, até 1950; 5 novembro - Conferência na Faculdade de Direito em homenagem a Rui Barbosa;
1950 – Candidata-se a deputado federal pelo PRT – Partido Republicano Trabalhista, pelo Estado de São Paulo – O comitê era na rua Vitória, 653, 2º andar; Apresenta tese para a Cadeira de Filosofia da USP com: “A Crise da Filosofia Messiânica”; Escreve O antropófago; Homenageado com um banquete, no Automóvel Clube, pela passagem do 60º aniversário, saudado por Sérgio Milliet; Defende tese para livre docente na FFLCH-USP, "A crise da filosofia messiânica"; Pronuncia as seguintes conferências: "A arte moderna e a arte soviética", "Velhos e novos livros atuais"; Redige "Um aspecto antropofágico da cultura brasileira - o homem cordial" para o 1º Congresso Brasileiro de Filosofia; Apresenta a versão definitiva de O Sertanejo; Reside na rua Ricardo Batista, 18, 5º andar – esquina da rua Major Diogo; Apresenta a versão definitiva de O Santeiro do Mangue;
1951 – No dia 20 de janeiro, entrega o projeto de organização do Departamento Nacional de Cultura para Cassiano Ricardo;
1952 – Escreve Introdução à antropofagia; Abril - Discurso de saudação em homenagem a Josué de Castro, representante da ONU, por iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo; Escreve o artigo "Dois emancipados: Júlio Ribeiro e Inglês de Souza"; Reside na rua Bolivar, 130;
1953 – Em O Estado de S. Paulo, publica “A marcha das utopias”; Membro da Comissão Julgadora do Salão Letras e Artes Carmen Dolores; Saudou o escritor José Lins do Rego, pelo prêmio recebido em torno do romance Cangaceiros, patrocinado pelo Salão de Letras e Artes Carmen Dolores Barbosa; Começa a publicar a série A Marcha das Utopias para O Estado de S.Paulo; Tenta em vão vender sua coleção de quadros (1 Léger óleo, 1 aquarela com dedicatória, 3 Chirico óleo, 1 Picasso guache, 1 Picasso aquarela, 1 Chagall desenho, 1 Miró têmpera, 1 Delaunay litografia com dedicatória, 1 Archipenko óleo, 1 Laurens desenho, 1 Pruna óleo, 1 Severini óleo, 1 Picabia desenho.
1954 – Escreve o ensaio Do orfico e mais cogitações; O primitivo e a antropofagia; Envia comunicação, por intermédio de Di Cavalcanti, para o Encontro de Intelectuais, no Rio de Janeiro; Publica o primeiro volume das Memórias - Um homem sem profissão - com capa de Nonê, pela José Olympio. Graças à interferência de Vicente Rao, foi indicado para ministrar um curso de cultura brasileira em Genebra; Retorna como sócio à Associação Brasileira de Escritores (A.B.D.E.);
1954 - 22 de outubro, falece em São Paulo, na sua residência da rua Marquês de Caravelas, 214. É sepultado no jazigo da família, no cemitério da Consolação, rua 17, nº 17.
1896 - Faz sua primeira viagem ao litoral (Guarujá). Freqüenta a Escola Modelo Caetano de Campos;
1898 – Deixa de freqüentar a Escola Modelo Caetano de Campos;
1900 - Mora no alto da ladeira Santo Antônio, n.º 86, esquina com a rua João Adolfo. Oswald presencia a circulação do primeiro bonde elétrico da cidade de São Paulo;
1902 – Ingressa no recém-inaugurado Colégio de São Bento, onde também estuda Guilherme de Almeida. Lecionava nesse Colégio Afonso d’Escragnole Taunay, autor de Inocência. Oswald era conhecido pelo apelido de Pipa;
1905 - Começa a participar da roda literária de Indalécio Aguiar da qual faz parte o poeta Ricardo Gonçalves;
1906 – É reprovado e refaz a quarta série ginasial;
1908 - Conclui os estudos no Ginásio São Bento;
1909 – Inicia no jornalismo como redator e crítico teatral do jornal Diário Popular, assinando a coluna Teatro e Salões. Ingressa na Faculdade de Direito;
1910 - Monta um atelier com o pintor Oswaldo Pinheiro, no vale do Anhangabaú. Conhece o Rio e fica hospedado no palacete da Rua.S.Clemente, nº 271, residência de seu tio, o escritor Inglês de Souza. Passa o primeiro Natal longe da família em Santos, numa hospedaria de carroceiros das docas;
1911 – Deixa o Diário Popular e com a ajuda financeira de D. Inês funda O Pirralho, na rua XV de Novembro, n.º 50-B. O primeiro número é lançado em 12 de agosto, tendo como colaboradores Amadeu Amaral, Voltolino, Alexandre Marcondes, Cornélio Pires, etc. Conhece o poeta Emílio de Meneses de quem se torna amigo. Lança a campanha civilista em torno de Rui Barbosa. Passa uma temporada em Baependi, Minas, nas terras da família de seu Avô;
1912 – Abandona o curso de Direito. De fevereiro a setembro viaja à Europa, a bordo do Marta Washington, saindo do porto de Santos – SP., levando consigo o jornalista Renato Lopes e um primo, Rogério. Visita vários países: Itália, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, França, Espanha. Em Paris conhece Henriette Denise Boufflers – a quem chama de Kamiá. Conhece durante a viagem a jovem dançarina Carmen Lydia, (Helena Carmen Hosbale) que Oswald batiza em Milão. Morre em São Paulo sua mãe Inês Henriqueta Inglês de Souza Andrade, no dia 6 de setembro. Retorna ao Brasil a bordo do Oceania, trazendo a estudante francesa Kamiá (Henriette Denise Bouffers). Traz também na bagagem o “Manifesto Futurista” de Felippo Tomaso Marinetti. Reassume sua atividade de redator de O Pirralho; A permanência de Oswald na Europa, em 1912, mudou drasticamente a sua visão de mundo: "Tinha-se aberto um novo front em minha vida (…) A Europa fora sempre para mim uma fascinação Tudo isso vinha confirmar a idéia de liberdade sexual que doirava o meu sonho de viagem longe da pátria estreita e mesquinha, daquele ambiente doméstico, onde tudo era pecado;
1913 - Participa das reuniões da Vila Kirial e conhece o artista plástico Lasar Segall. Escreve A recusa, drama em três atos. Passa por dificuldades financeiras, precisando na edição de O Pirralho, de fevereiro, colocar uma chamada convocando o leitor para assinar o periódico;
1914 - Nasce o seu filho José Oswald Antonio de Andrade (Nonê), primeiro filho de Oswald com Kamiá. Reside à rua Teodoro Sampaio 114, esquina com a Oscar Freire. Cursa a Faculdade de Filosofia de S. Bento, sendo aluno do Pe. Sentroul, abade do convento de S.Bento;
1915 - Participa do almoço em homenagem a Olavo Bilac, promovido pelos estudantes da Faculdade de Direito no restaurante PROGREDIOR. Membro da Sociedade Brasileira dos Homens de Letras, fundada em São Paulo por Olavo Bilac. Chega ao Brasil a dançarina Carmen Lydia, com quem mantém um barulhento namoro. Passa a residir na rua Augusta nº 64, onde hoje é o restaurante Pirandelo. Tem casa de veraneio na Praia de São Vicente 23. Faz viagens constantes de trem ao Rio a negócio ou para acompanhar Carmen Lydia. No Rio freqüenta a Rotisserie Rio Branco. Hospeda-se no Avenida Hotel, quarto 12. Separa-se de Kamiá; Miramar foi planejado e redigido em parte por volta de 1915, reescrito várias vezes até atingir a forma sincopada e concisa da sua versão final;
1916 - Publica em A Cigarra, 1º capítulo da peça Mon Coeur Balance. Lança com Guilherme de Almeida: Mon Coeur Balance e Leur Âme, pela Typographie Asbahr. Faz a leitura das peças em vários salões literários de São Paulo na Sociedade Brasileira de Homens de Letras, no Rio de Janeiro e na redação A Cigarra. Publica trechos de Memórias Sentimentais de João Miramar na A Cigarra e também na A Vida Moderna. Sofre de artritismo. A atriz Suzanne Després recita no Municipal trechos de Leur Âme. Passa a colaborar regularmente em A Vida Moderna, que publica em 24 de maio, cenas de Leur Âme. Volta a estudar Direito. Recebe o convite de Valente de Andrade para fazer parte do Jornal do Commercio, edição de São Paulo e em 1º de novembro começa seu trabalho como redator. Passa temporada com a família em Lambari no Hotel Mello. Veraneia em São Vicente casa 56, rua 16. Vai regularmente a Santos, em companhia de Carmen Lydia, hospedando-se no Palace Hotel. Continua a viajar intermitentemente ao Rio, hospedando-se no Avenida Hotel e no Bristol Hotel. No Rio frequenta a roda literária de Emílio de Meneses, João do Rio, Alberto de Oliveira, Eloi Pontes, Olegário Mariano, Luis Edmundo, Olavo Bilac, Oscar Lopes e outros. Passa temporada em Aparecida do Norte, no Hotel das Famílias. Em Santos, hospeda-se no Washington Hotel. Começa escrever o drama O Filho do Sonho;
1917 - Monta em S.Paulo a Garçonnière da rua Líbero Badaró, 67 - 3º - andar. Como redator do Jornal do Commercio, no dia 21 de novembro, vai até o Conservatório Dramático e Musical de São Paulo para cobrir palestra de Elói Chaves, então Secretário da Segurança de São Paulo. Antes da palestra Mário Raul de Moraes Andrade saúda o visitante em nome do Conservatório. Oswald se encanta com o discurso e briga com outros jornalistas presentes para publicar. Foi aí que conheceu Mário de Andrade, irmão de Carlos Moraes Andrade, seu amigo nos tempos do Ginásio São Bento. Anita Malfatti faz sua exposição e é atacada por Monteiro Lobato. Foi nessa época que os primeiros modernistas começam a se agruparem: Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Di Cavalcanti, Oswald e outros. Fecha a revista O Pirralho, mas continua escrevendo para o Jornal do Commercio. Começa a viver com Deise (Maria de Lourdes Olzani), a Miss Ciclone;
1918 – Em janeiro, Oswald sai em defesa da pintora Anita Malfatti das críticas violentas feitas por Monteiro Lobato em 11 de janeiro. Trabalha em A Gazeta. Começa escrever O Perfeito cozinheiro das almas desse mundo... diário coletivo escrito em colaboração com Deise, a Miss Cíclone, Guilherme de Almeida, Monteiro Labato, Leo Vaz, Pedro Rodrigues de Almeida, Inácio Pereira da Costa, Edmundo Amaral e outros.
1919 – Em fevereiro, morre seu pai, aos 73 anos. É eleito Orador do Centro Acadêmico 11 de agosto da Faculdade de Direito. Pronuncia a palestra "Árvore da Liberdade". Torna-se bacharel em Direito. No dia 11 de Agosto, casa-se in extremis com Deise (Maria de Lourdes Castro Pontes). São testemunhas os amigos Guilherme de Almeida, Monteiro Lobato e Ignácio da Costa Ferreira. Dia 24 de Agosto, Deise morre e é enterrada no cemitério da Consolação no jazigo n.º 17 da Rua 17, propriedade da família de Oswald. Muda-se para o Grand Hotel Rotisserie Sportsman. Publica no jornal dos estudantes da Faculdade de Direito 11 de Agosto, três capítulos de Memórias Sentimentais de João Miramar. Conhece Brecheret;
1920 - Instala-se em S.Paulo numa garconnière na Praça da República, esquina com a Rua Pedro Américo. Edita, em maio, a revista Papel e Tinta, assinando com Menotti del Picchia o editorial e escrevendo regularmente para o periódico, localizado na Rua Boa Vista 52, sala 114. Descobre o escultor Brecheret. Escreve em A Raposa artigo elogiando Brecheret e editando fotos de trabalhos do artista;
1921 – Em Janeiro, no banquete em homenagem ao lançamento do livro As Máscaras de Menotti del Picchia, Oswald discursa para homenagear Menotti. Esse discurso se transforma no “Manifesto do Trianon”. Em 25 de julho publica artigo sobre o poeta Alphonsus de Guimarães, no Jornal do Commercio, ressaltando a forma de expressão, no seu entender, precursora da linguagem modernista. Nesse mesmo jornal revela Mário de Andrade como escritor e poeta, em polêmico artigo "Meu poeta futurista", onde é anunciada “Paulicéia Desvairada”. Inicia sua colaboração no Correio Paulistano. Participa da caravana de jovens escritores paulistas ao Rio de Janeiro, a fim de fazer propaganda do Modernismo. Conseguem a adesão de Sérgio Buarque de Holanda, Manuel Bandeira, Ronald de Carvalho, Ribeiro Couto, Di Cavalcanti e outros. Toma aula de boxe com o antigo pugilista suiço Delaunay. Os modernistas em São Paulo continuam se reunindo agora com a presença de Rego Monteiro, Anita Malfatti, Brecheret, Couto de Barros, Zina Aita, Rubens Borba, Sérgio Milliet, Tácito de Almeida e outros. Dia 10 de Dezembro, o modernista Sérgio Buarque de Holanda, publica na revista Fon-Fon o artigo “O futurismo Paulista”, onde salienta a importância do escritor Menotti del Picchia, e também divulga textos inéditos de Oswald de Andrade, que constituem a Trilogia do Exílio (Os Condenados, A Estrela do Absinto, A Escada de Jacó), antes da mudança dos títulos pelo autor;
1922 – Participa ativamente da Semana de Arte Moderna. Na segunda noite, 17 de fevereiro, quando Menotti del Picchia, o mestre de cerimônias, proclama o nome de Oswald de Andrade, a platéia inicia uma grande vaia. O escritor, mesmo sob a vaia, leu trechos do seu romance Os Condenados Participa dos festejos comemorativos do centenário da Bandeira nacional fazendo conferência em 18 de setembro. Faz parte do grupo da revista Klaxon, onde colabora. Integra o grupo dos cinco com Mário de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Menotti del Picchia. Orador do banquete oferecido em homenagem ao escritor português Antonio Ferro, por ocasião de sua visita ao Brasil, no Automóvel Clube do Brasil (São Paulo). Publica Os Condenados com capa de Anita Malfatti. Viagem a negócios ao Rio, ficando hospedado no Yankee Hotel. Em dezembro embarca para a Europa pela Compagnie de Navegation Sud Atlantique. Começa sua amizade com Tarsila. Em Paris tem como endereço o nº 25, Rue Louis Le Grand. Na Sorbonne, faz uma conferência intitulada “O Esforço Intelectual do Brasil Contemporâneo”.
1923 - Ganha na justiça a custódia do seu filho Nonê. Em Janeiro viaja a Portugal e Espanha, com passagem pelo Senegal, acompanhado de Tarsila. Matricula seu filho Nonê no Licée Jaccard em Lausanne, Suiça. Reside em Paris até agosto, Hégésipe Moreau n. 9 (Montmartre), onde Tarsila tinha um atelier e no nº 6 da rua Le Chapelais. 23 abril, participa do almoço oferecido pelo embaixador na França aos intelectuais franceses. No dia 11 de maio pronuncia a Conferência L'effort intellectuel du Brésil contemporain, na Sorbonne. No dia 28 de maio conhece Blaise Cendrars. Passa o verão com Tarsila na Itália e ficam hospedados em Roma no Hotel Windsor, na Via Veneto 54, em Veneza na Pensione G.de Po. Assiste entusiasmado o bailado negro de Blaise Cendrars, com música de Darius Milhaud e cenários de Fernand Léger, apresentado pelo Ballets Suédois, no Teatro dos Champs-Elyseés. Visita a exposição de Arte Negra, no Museu de Artes Decorativas. Reescreve João Miramar. Em julho faz conferência em Lisboa. Em Paris, de volta ao Brasil, é homenageado com um banquete pela Sociedade Amis des Lettres Françaises, sendo saudado pela presidente do grupo Mme.Rachilde. Retorna ao Brasil no final do ano pelo navio Santarém;
1924 - 18 de março, publica no Correio da Manhã o “Manifesto Pau Brasil”. Toma parte na excursão ao carnaval do Rio de Janeiro e vai até Minas com outros intelectuais brasileiros e Blaise Cendrars, onde excursionam pelas cidades históricas inclusive Ouro Preto - se hospedam no Hotel Toffolo. Em Minas são recebidos por Aníbal Machado, Pedro Nava e Carlos Drummond de Andrade. No Correio Paulistano publica o artigo Blaise Cendrars: "Um mestre da sensibilidade contemporânea". Participa do V Ciclo de Conferência da Vila Kyrial falando sobre "os ambientes intelectuais da França". Publica Memórias Sentimentais de João Miramar com capa de Tarsila, composto de 163 episódios numerados. Faz uma leitura do Serafim Ponte Grande, em casa de Paulo Prado para uma platéia de amigos modernistas. Em 20 de novembro, viaja à Espanha (Medina e Salamanca), de passagem para Suiça. Monta com Tarsila um novo apartamento em Paris no nº 9, Boulevard Berthier (l7e). Passa o Natal com Tarsila na casa de campo de Blaise Cendrars em Tremblay-sur-Mauldre;
1925 – Em março visita seu filho na Suiça, hóspede do Hotel Victoria, em Lausanne. Em fevereiro e março faz curso de inglês na Berlitz School, em Paris. Assiste ao festival Satie, em Paris. Em maio, a bordo do Andes viaja ao Brasil. Participa do jantar na Vila Fortunata (casa de René Thiollier) em homenagem a D.Olivia Guedes Penteado. Em junho, volta à Europa pelo Avon, passando em Lisboa. Em julho, está em Deauville para alguns dias de férias. Publica em Paris pela editora Au Sans Pareil o livro de poemas “Pau Brasil”. Em setembro vai para o Rio de Janeiro e fica hospedado no Pálace Hotel. Candidata-se, em vão, a uma vaga na Academia Brasileira de Letras. Em novembro oficializa o noivado com Tarsila do Amaral. Em dezembro viaja novamente para a Europa pelo Cap. Polonio. Com Tarsila passa novamente o final do ano na residência de campo de Cendrars;
1926 - De 13 de janeiro a 18 de fevereiro viagem ao Oriente, em companhia de Tarsila, Nonê, Dulce (filha de Tarsila), do escritor Cláudio de Souza, do governador de São Paulo Altino Arantes, a bordo do navio Lotus da Companhia Messagier Maritimes. No Cairo se hospedam no Sheferds Hotel, mais tarde, destruído por um incêndio. No dia 5 de maio é recebido com outros brasileiros em audiência pelo papa, a fim de tentarem anulação do casamento de Tarsila. Permanece em Paris, com Tarsila, ajudando-a nos preparativos para a exposição na Galérie Percier. Em 16 de agosto chega no Brasil pelo Almanzorra. Em 30 de Novembro, casa-se com Tarsila do Amaral, em cerimônia paraninfada pelo Presidente Washington Luis. Passa a residir na rua Barão de Piracicaba, 44. Publica na Revista do Brasil o prefácio de Serafim Ponte Grande, 1ª versão, "Objeto e fim da presente obra". Divulga em Terra Roxa e Outras Terras a "Carta Oceânica", prefácio ao livro Pathé Baby de Antônio de Alcântara Machado e um trecho do Serafim Ponte Grande. Viaja a Cataguazes – MG e mantém contato com o Grupo da Verde. Se hospeda no Hotel Villas;
1927 - Publicação de A Estrela de Absinto pela Editora Helios com capa de Brecheret. Publica Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade, ilustrado pelo autor, com capa de Tarsila. Começa no Jornal do Commercio a coluna "Feira das Quintas". Participa do jantar literário em homenagem a Paulo Prado, em abril na Vila Fortunata. Permance uma temporada, de junho até agosto, em Paris para a exposição de Tarsila, voltando ao Brasil faz escala na Bahia. Abre escritório comercial na Praça Patriarca, n.º 20. Disputa o prêmio romance, patrocinado pela Academia Brasileira de Letras, com A Estrela de Absinto, que obteve menção honrosa. Publica trechos de Serafim Ponte Grande no nº 3 da revista Verde;
1928 - Viagem à Bahia pelo Manaus. Lê o “Manifesto Antropófago” para amigos na casa de Mário de Andrade. Em maio, publica o “Manifesto Antropófago”. Ajuda a fundar a Revista de Antropofagia. Viaja à Europa, regressando no mesmo ano pelo Asturias com passagem por Lisboa. Vai a Paris para a 3ª exposição de Tarsila, de 18 de junho a 2 de julho;
1929 – Em julho, com Anita Malfatti, Waldemar Belisário e Patricia Galvão, excursiona pelo trem da Cruzeiro do Sul em viagem ao Rio para a exposição de Tarsila. É expulso do Congresso de Lavradores, realizado no Cinema República (SP) por propor um acordo com o trabalhador do campo. Separa-se de Tarsila do Amaral. Rompe com Mário de Andrade e Paulo Prado. Viaja para a Bahia com Patrícia Galvão, a Pagu; Vai para em Paris em julho; Entra em contato com Benjamin Péret que mora no Brasil até 1931; Hospeda na sua fazenda - Santa Tereza do Alto - o filósofo alemão Hermann Keyserling e a dançarina Josephine Baker; É expulso do Congresso de Lavradores, realizado no Cinema República (SP) por propor um acordo com o trabalhador do campo;
1930 – Em lº de abril, casa-se com Pagu. Escreve "A casa e a língua", em defesa da arquitetura de Warchavchik. Em Setembro, nasce o primeiro filho com Pagu: Rudá (Rudá Poronominare Galvão de Andrade). É preso pela polícia do Rio de Janeiro, por ameaçar o antigo amigo, poeta Olegário Mariano. Em 30 de dezembro conhece Luiz Carlos Prestes, no exílio na Argentina;
1931 – Adere ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Oswald funda, com Pagu e Queirós Lima, o jornal “O Homem e o Povo”. Esse periódico teve duração curta: 27 de março a 13 de abril. Sua circulação fora proibida pela polícia; Escreve O mundo político; Tem um encontro com Prestes em Montevidéu, que muda o rumo político do escritor Oswald; Começa a escrever ensaios políticos, geralmente sobre a situação e os problemas do operário; Reside na Rua dos Ingleses, 56; Engaja-se no P.C; Redige o prefácio definitivo de Serafim Ponte Grande;
1932 – Sofre, juntamente com Pagu, perseguição política;
1933 – Publica o romance “Serafim Ponte Grande” – são 203 fragmentos, em vez de capítulos. Começa a escrever a peça teatral “O Rei da Vela”; Pronuncia conferência - O Vosso sindicato - no sindicato dos padeiros de São Paulo; Mora na Rua Machado de Assis, 57; Patrocina a publicação de Parque Industrial, romance de Pagu;
1934 – Publica o romance “A Escada” – originalmente: “A Escada de Jacó”, e depois “A Escada Vermelha”. Tem um romance com a pianista Pilar Ferrer. Em dezembro, assina contrato antenupcial com regime de separação de bens com Julieta Bárbara Guerrini; Está casado com a pianista Pilar Ferrer; Publica A Escada Vermelha e o O Homem e o Cavalo, com capa de Nonê (Oswald de Andrade Filho); Lê cenas da peça O Homem e o Cavalo no Teatro de Experiência de Flávio de Carvalho; Programada a apresentação dessa peça para o teatro que é interditado pela polícia;
1935 – Escreve sátira política para “A Platéia”; Compra uma serraria; Com sua mulher Julieta, acompanha C. Levis-Strauss em excursão até Foz do Iguaçu; Faz parte do movimento artístico cultural Quarteirão; É fichado na polícia civil do Ministério da Justiça, sob o nº 70, como subversivo;
1936 – Casa-se com a poetisa Julieta Bárbara. É representante em São Paulo do jornal “Meio Dia”, do Rio de Janeiro. Escreve nas colunas “Banho de Sol” e “De Literatura”; Publica na revista XI de agosto, "Página de Natal" do Marco Zero; Conclui o poema O Santeiro do Mangue, 1ª versão, dedicado criticamente a Jorge de Lima e Murilo Mendes; Empenha um cordão de ouro na casa Leão da Silva Ltda; Passa a residir no Rio de Janeiro, na Av.Atlântica, 290, aptº 103 e em São Paulo na Rua Júlio de Mesquita, 50, 13º andar, apt. 13A, edifício Itapetininga;
1937 – Publica o seu texto teatral mais importante: “A Morta e O Rei da Vela”. Em São Paulo, escreve na revista Problemas;Escreve O pais da sobremesa; Tentativa de encenação da peça O Rei da Vela pela Companhia de Alvaro Moreyra; Atua na Frente Negra Brasileira; Escreve na revista Problemas (São Paulo); No Rio de Janeiro, Serafim Ponte Grande é dado como esgotado;
1938 - Publica o trecho "A vocação" da série Marco Zero, vol. IV, A presença do Mar; Está ligado ao Sindicato de Jornalista de São Paulo, matrícula nº 179; Redige Análise de dois tipos de ficção; Hospeda-se no Rio de Janeiro, no Natal Hotel;
1939 – 16 de Fevereiro: Viaja para Estocolmo com Julieta, representando o Brasil junto ao Congresso Internacional promovido pelo Pen Club. Retorna ainda nesse ano para o Brasil; 8 de agosto - Viagem à Europa pelo Alameda Star, com sua mulher Julieta, para participar do Congresso do Pen Club, em Estocolmo, que não se realizou por causa da guerra; Retorna pelo navio cargueiro Angola; Publica no jornal Meio Dia as colunas "Banho de Sol" e "De literatura"; É o representante do jornal Meio Dia em São Paulo; Escreve para o Jornal da Manhã (S.P.) uma série de reportagens sobre personalidades importantes da vida política, econômica e social de São Paulo; Reside na Brigadeiro Luis Antonio 3085, São Paulo; Passa uma temporada em S.Pedro, perto de Piracicaba, em tratamento de saúde.
1940 – Lança sua candidatura à Academia Brasileira de Letras; Expõe trabalhos de pintura na Sala dos Intelectuais, no VII Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo; Publica Cântico dos Cânticos para Flauta e Violão, dedicado à sua mulher Maria Antonieta; Lança, em 2ª edição pela Globo, Os Condenados com capa de Koetz;
1941 – Revisa Os Condenados, e reagrupa num único volume – o primeiro dos romances passa a se chamar “Alma” e a trilogia se completa com “A Estrela do Absinto” e “A Escada”. Essa trilogia recebe o título de “Trilogia do Exílio”. Publica “Análise de Dois Tipos de Ficção”; Monta um escritório de imóveis na rua Marconi, com o filho mais velho;
1942 – Separa-se de Julieta Bárbara e casa-se com Maria Antonieta d’Alkmin;
1943 – Publica o primeiro volume do romance “Marco Zero: A Revolução Melancólica” – 1º Vol. – Editora José Olympio e capa de Sta.Rosa; Começa a publicar no Diário de S.Paulo a coluna "Feira das Sextas";
1944 – Viaja para Minas Gerais a convite de Juscelino Kubitschek, com um grupo de artistas. Em fevereiro, inicia no Correio da Manhã a coluna “Telefonema”. Em julho passa a colaborar no Diário de São Paulo com a coluna “Feira das Sextas”; Pronuncia na Faculdade de Direito a conferência "Fazedores da América", publicada no Diário de S.Paulo, 31 outubro de 1944; Em S.Paulo, muda-se para a Rua Aurora, 579, aptº 23; Apresenta o escritor norte-americano Samuel Putnam, em visita ao Brasil, na Escola de Sociologia e Política (São Paulo); Participa em Limeira - SP do Congresso de Escritores;
1945 – Presta concurso para a Cadeira de Literatura Brasileira – USP, com a tese: “A Arcádia e a Inconfidência”. Publica o segundo volume do romance Marco Zero: “Chão”. Acontece o Primeiro Congresso de Escritores em São Paulo. Morre Mário de Andrade. Nasce sua filha Antonieta Marília do casamento com Maria Antonieta. Rompe com o PCB e com Luiz Carlos Prestes. Publica “Poesias Reunidas de O.A – ed. Gaveta e Marco Zero, 2º Volume – Editora José Olympio; Escreve "O sentido da nacionalidade no Caramurú e no Uruguai"; Publica "A arcádia e a inconfidência" tese apresentada à cadeira de literatura brasileira da FFCL da USP; Reúne no volume Ponta de Lança artigos esparsos; Publica "A sátira na poesia brasileira", conferência pronunciada na Biblioteca Pública Municipal de São Paulo; Participa do Congresso de Escritores em São Paulo; Responsável pela saudação a Pablo Neruda no Brasil, Inicia a organização da Ala Progressista Brasileira – Programa de Conciliação Nacional; Escreve, em Agosto, o Canto da Pracinha só”; Lança um manifesto ao "Povo de São Paulo, Trabalhadores de São Paulo. Homens livres de São Paulo"; Rompe com o Partido Comunista do Brasil e Luis Carlos Prestes, seu secretário geral; Publica na Gazeta de Limeira "A lição da inconfidência", conferência pronunciada em Piracicaba; Faz a Conferência "Informe sobre o modernismo";
1946 - Publica O Escaravelho de Ouro (poesia); Contrato entre o escritor Oswald de Andrade e o governo de São Paulo para a realização da obra "O que fizemos em 25 anos", espécie de levantamento da vida nacional, em todos os setores da atividade técnica e social à literária e artística;
1947 – Em julho, publica na Revista Acadêmica, n.º 68, ano XII, RJ: “O Escaravelho de Ouro”; Outubro: candidata-se a delegado regional da Associação Brasileira de Escritores e perde a eleição. Envia bilhete-aberto ao Presidente da Seção Estadual, escritor Sérgio Buarque de Holanda, protestando e desligando-se da Associação;
1948 – Nasce o filho Paulo Marcos d’Alkmin de Andrade. Combate os poetas da Geração de 45 no Congresso Paulista de Poesia;
1949 – Escreve a coluna “3 linhas e 4 verdades”, no jornal Folha de S. Paulo”; Publica na revista Anhembi o texto "O modernismo"; 25 de janeiro - Conferência no Centro de Debates Casper Líbero: "Civilização e dinheiro"; 19 de maio - Conferência no Museu de Arte de São Paulo: - "Novas dimensões da poesia"; Excursão a Iguape, com Albert Camus para assistir às tradicionais festas do Divino; É encarregado de apresentar e saudar o escritor francês de passagem por São Paulo para fazer conferências; Escreve a coluna "3 linhas e 4 verdades" na Folha de S.Paulo, até 1950; 5 novembro - Conferência na Faculdade de Direito em homenagem a Rui Barbosa;
1950 – Candidata-se a deputado federal pelo PRT – Partido Republicano Trabalhista, pelo Estado de São Paulo – O comitê era na rua Vitória, 653, 2º andar; Apresenta tese para a Cadeira de Filosofia da USP com: “A Crise da Filosofia Messiânica”; Escreve O antropófago; Homenageado com um banquete, no Automóvel Clube, pela passagem do 60º aniversário, saudado por Sérgio Milliet; Defende tese para livre docente na FFLCH-USP, "A crise da filosofia messiânica"; Pronuncia as seguintes conferências: "A arte moderna e a arte soviética", "Velhos e novos livros atuais"; Redige "Um aspecto antropofágico da cultura brasileira - o homem cordial" para o 1º Congresso Brasileiro de Filosofia; Apresenta a versão definitiva de O Sertanejo; Reside na rua Ricardo Batista, 18, 5º andar – esquina da rua Major Diogo; Apresenta a versão definitiva de O Santeiro do Mangue;
1951 – No dia 20 de janeiro, entrega o projeto de organização do Departamento Nacional de Cultura para Cassiano Ricardo;
1952 – Escreve Introdução à antropofagia; Abril - Discurso de saudação em homenagem a Josué de Castro, representante da ONU, por iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo; Escreve o artigo "Dois emancipados: Júlio Ribeiro e Inglês de Souza"; Reside na rua Bolivar, 130;
1953 – Em O Estado de S. Paulo, publica “A marcha das utopias”; Membro da Comissão Julgadora do Salão Letras e Artes Carmen Dolores; Saudou o escritor José Lins do Rego, pelo prêmio recebido em torno do romance Cangaceiros, patrocinado pelo Salão de Letras e Artes Carmen Dolores Barbosa; Começa a publicar a série A Marcha das Utopias para O Estado de S.Paulo; Tenta em vão vender sua coleção de quadros (1 Léger óleo, 1 aquarela com dedicatória, 3 Chirico óleo, 1 Picasso guache, 1 Picasso aquarela, 1 Chagall desenho, 1 Miró têmpera, 1 Delaunay litografia com dedicatória, 1 Archipenko óleo, 1 Laurens desenho, 1 Pruna óleo, 1 Severini óleo, 1 Picabia desenho.
1954 – Escreve o ensaio Do orfico e mais cogitações; O primitivo e a antropofagia; Envia comunicação, por intermédio de Di Cavalcanti, para o Encontro de Intelectuais, no Rio de Janeiro; Publica o primeiro volume das Memórias - Um homem sem profissão - com capa de Nonê, pela José Olympio. Graças à interferência de Vicente Rao, foi indicado para ministrar um curso de cultura brasileira em Genebra; Retorna como sócio à Associação Brasileira de Escritores (A.B.D.E.);
1954 - 22 de outubro, falece em São Paulo, na sua residência da rua Marquês de Caravelas, 214. É sepultado no jazigo da família, no cemitério da Consolação, rua 17, nº 17.
Oswald de Andrade com Maria Antonieta, foto de 1954. Oswald já se econtrava doente.
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